Dr. Antônio Aleixo Neto, Ginecologista
Especializado em inserção de DIU e implantes contraceptivos
O Espaço DIU é o local ideal pra você que deseja colocar um DIU hormonal ou não hormonal.
O Espaço DIU é o local ideal pra você que deseja colocar um DIU hormonal ou não hormonal.
É um pequeno dispositivo de plástico (cerca de três cm) que é envolvido parcialmente por filamentos de cobre, cobre e prata ou que contém um hormônio tipo progesterona.
Portanto, existem dois tipos: os Dius de cobre/prata e os hormonais.
Ambos os tipos eliminam o cobre ou o hormônio dentro do útero, onde vão agir imobilizando ou destruindo os espermatozoides. Portanto, os Dius interferem com o processo reprodutivo antes da fecundação
Os DIUs surgiram na década de 60, nos EUA, com a promessa de uma contracepção reversível, eficaz e de longa duração. Os primeiros DIUs eram apenas de plástico.
Depois de vários avanços tecnológicos os DIUs de cobre foram lançados no mercado na década de 70, constituindo um grande avanço. Eles são menores do que os apenas de plástico, portanto, mais fáceis de inserir. Devido ao tamanho também causam menos efeitos colaterais que os anteriores. Há uma relação geométrica entre o DIU e a cavidade uterina: quanto maior o DIU, mais efeitos colaterais e, vice-versa.
Os DIUs se sobressaem hoje como o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo: cerca de 170 milhões de usuárias, ultrapassando de longe a pílula anticoncepcional que tem cerca de 110 milhões de usuárias
Os DIUs de cobre com prata se caracterizam pelo filamento de cobre que recobre a haste vertical ter um núcleo interno de prata. Tal combinação permite diminuir a fragmentação e corrosão do cobre, de forma que a eliminação do cobre seja mais estável.
Não existem estudos que mostrem maior eficácia, mas, os DIUs de cobre/prata têm como característica o formato de “Y” e serem mais finos, o que proporciona maior conforto na inserção e remoção do produto. Devido ao formato “Y” a haste horizontal causa menor pressão nas paredes laterais da cavidade uterina e, portanto, menos cólicas e incômodos que os DIUs em formato de “T”.
No Brasil temos os modelo Andalan Silverflex 380 Ag Normal e Mini além do SMB-Telediu 380Ag Normal e Mini.
O efeito anticoncepcional do produto é obtido através da liberação contínua de cobre dentro da cavidade uterina. Este interfere no muco cervical e cavidade endometrial, afetando a quantidade, viabilidade e no transporte de espermatozoides, inativando-os.
Evidentemente os DIUs de cobre e cobre/prata não tem hormônios. Esse fato é interessante para muitas mulheres que têm contraindicações aos hormônios e para aquelas que simplesmente desejam que seus ciclos sejam naturais.
Enfim, os DIUs são um método barato, eficaz, prático, sem hormônios, que satisfazem as necessidades contraceptivas da maioria das mulheres.
No Brasil, temos duas marcas de Dius hormonais.
O primeiro a ser comercializado é o Mirena ©. Trata-se de uma estrutura plástica em forma de “T” de 32 mm de comprimento, 32 mm de largura e 1,90mm de espessura, com um cilindro contendo uma mistura de um plástico permeável com 52 mg de um tipo de progestogênio. Este cilindro é revestido por uma membrana que regula a liberação do hormônio.
A sua duração dentro do útero é de oito anos, baseado nas aprovações pelo FDA, nos EUA (agosto 2022) e na “European Workshare Procedure” para toda a Europa (outubro 2022), a pedido da BAYER. No Brasil ainda não houve mudança da bula.
A estrutura do “T” está impregnada com sulfato de bário, tornando o endoceptivo visível ao RX. Após sua inserção, o progestogênio, é liberado em doses de 20 mcg por dia. Essa ação hormonal tem efeito local ao inibir a proliferação endometrial, espessar o muco cervical, além de inibir a mobilidade dos espermatozoides.
Como consequência dessa ação endometrial, o DIU hormonal tende a diminuir o volume e a duração da menstruação e a dismenorreia (cólicas menstruais). Muitas usuárias, inclusive, param de menstruar durante seu uso.
Lançado em meados de 2020, o Kyleena©, veio acrescentar mais uma opção de contracepção intrauterina hormonal, além do tradicional Mirena. Comparado com Mirena, Kyleena é um pouco menor e mais fino (diâmetro tubo insertor 3,8mm contra 4,4mm do Mirena), o que pode auxiliar em procedimentos de inserção mais confortáveis, especialmente em mulheres sem filhos ou com úteros pequenos.
Tem menor quantidade de hormônio levonorgetrel (19,5mg) com a eliminação de 12mcg/24h mas com a mesma eficácia. Duração de 5 anos dentro do útero.
É um anticoncepcional em forma de bastão que é colocado logo abaixo da pele do braço da mulher, liberando uma pequena quantidade de um hormônio (um tipo de progestagênio), que será responsável por proteger a mulher de uma gestação.
Este bastão parece um palito de fósforo, mede 4 cm e é de um material plástico.
Este contraceptivo não possui estrogênio em sua composição, podendo ser usado por mulheres que não podem usar ou tem intolerância (náuseas, vômitos e dor de cabeça) ao mesmo.
É o método mais eficaz do mundo (5 falhas em cada 10.000 mulheres que utilizam este método), com eficácia superior a laqueadura (5 falhas em cada 1000 mulheres que utilizam a laqueadura).
O implante contraceptivo dura 3 anos. Após este período, ele pode ser substituído por outro, ou por outro método. Não há limite do número de implantes que a mulher pode usar na sua vida. Em caso de desejo de gravidez, o médico pode retira-lo quando a mulher quiser e imediatamente ela já estará pronta para uma gestação. O hormônio não acumula no corpo, assim ao retirá-lo você não estará mais protegida contra a gestação.
O implante contraceptivo libera o hormônio gradualmente na corrente sanguínea em quantidades suficientes para impedir a gravidez.
Seu principal mecanismo é impedir a ovulação. Ele também espessa o muco cervical, o que dificulta a subida dos espermatozoides para o útero da mulher.
O implante contraceptivo não aumenta o risco de trombose, nem altera a pressão arterial, nem interfere na maioria das doenças. Não dá náuseas e nem vômitos. Também não engorda (a chance de ganhar peso é igual a da mulher que não está usando métodos com hormônios).
O principal efeito colateral deste método é a mudança da menstruação, por afinar o revestimento do útero (endométrio), a quantidade de sangramento reduz (e por isto muda de cor, pode ficar amarronzado). Além disto, muda o intervalo. A maioria das mulheres que utilizam este método fica satisfeita com a forma de sangramento (ou não menstrua a cada 2 a 3 meses ou menstrua 1 vez por mês). No entanto, algumas ficam com sangramentos frequentes, ou seja, mais de uma vez por mês com duração variável.
A maioria das mulheres pode usar este método. Pode ser usado em adolescente, em mulheres que nunca tiveram filhos e na maioria das doenças. Ele pode ser usado durante a amamentação que não prejudica o crescimento do bebê e nem a quantidade de leite. Caso você queira usar o implante contraceptivo, o médico poderá confirmar se você pode.
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