O único implante contraceptivo disponível no Brasil é denominado Implanon e consiste num bastonete não-biodegradável de 4 cm de comprimento por 2 mm de espessura (tamanho de um palito de fósforo), contendo no seu interior 68 mg de etonogestrel disperso numa matriz de etileno-vinil-acetato (EVA). O etonogestrel é o metabólito ativo do desogestrel, tipo de progesterona.
O Implanon libera pequenas quantidades desse hormônio diretamente na circulação sanguínea, mantendo um perfil estável e com duração de três anos.
O produto é fornecido pré-embalado em um aplicador estéril, descartável, que permite sua inserção fácil e rápida.
É para uso sub-dérmico, no braço, inserido com um aplicador especial, tendo uma duração de três anos. Sua eficácia chega a quase 100%.
As contra-indicações são similares aos outros anticoncepcionais baseados na progesterona, ou seja, poucas.
Para se ter uma ideia, o Implanon pode ser usado por tabagistas, por hipertensas, por quem tem enxaqueca com aura e até por que já teve trombose!
O efeito colateral mais comum consiste na alteração do padrão menstrual típico.
Vantagens:
Três anos de proteção contraceptiva
Alta eficácia
Alta adesão da usuária
Rápido retorno da fertilidade pré-existente, após a remoção
Melhora da dismenorreia
Boa tolerabilidade
Inserção e remoção simples e rápidas
Desvantagem:
Necessita de uma pequena anestesia local para inserir e retirar o implante
Palavras-chave: implante, contraceptivo, etonogestrel, progesterona
Prof. Antônio Aleixo Neto
Mestre em Saúde da Mulher (UFMG)
Master in Public Health (Harvard University)
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